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Dia do QCO

  • Publicado: Sexta, 02 de October de 2020, 10h18
  • Última atualização em Sexta, 02 de October de 2020, 10h47

Em 2 de outubro, o Exército Brasileiro comemora o Dia do Quadro Complementar de Oficiais (QCO), data da promulgação, em 1989, da Lei nº 7.831, que criava esse quadro com o objetivo de executar as atividades- meio da Força, sob a excelência da formação acadêmica civil de seus integrantes em áreas estratégicas de conhecimento.

A primeira turma de oficiais que correspondia a tais requisitos foi formada em 1990. A figura simbólica do sabre amparado pelo triângulo isósceles, adotada nas fardas verde-oliva dos integrantes do QCO, tem um significado que confirma tal entendimento: o da aplicação do conhecimento acadêmico em benefício das atividades militares.

Atualmente, o QCO reúne profissionais de administração, biblioteconomia, ciências contábeis, comunicação social, direito, estatística, informática, magistério, pedagogia, psicologia, nutrição e terapia ocupacional, além de enfermagem e veterinária. Seus oficiais ingressam no Exército Brasileiro por meio de um dos mais concorridos concursos públicos do País e são habilitados para a carreira militar após a conclusão de um curso de formação com duração de 37 semanas. Nesse período, os então tenentes-alunos passam por uma formação militar básica, realizando atividades que incluem provas teóricas, testes físicos, instruções, acampamento, viagens e estágios em diversas unidades do Exército, ou seja, vivenciam todas essas atividades com vistas a entender como aplicar seus conhecimentos específicos às demandas do Exército.

A formação é realizada na Escola de Formação Complementar do Exército (EsFCEx), antiga Escola de Administração do Exército (EsAEx), localizada em Salvador, e na Escola de Saúde do Exército (EsSEx), no Rio de Janeiro. Ao fim do curso, adaptados às exigências do oficialato, os formandos assumem o posto de primeiro-tenente e são transferidos, conforme a necessidade do serviço, para aplicar seus conhecimentos técnicos em benefício da instituição.

Além de possibilitar o ingresso de profissionais de várias áreas de interesse do Exército, o Quadro Complementar de Oficiais distingue-se por ter sido o primeiro a permitir a entrada das mulheres em estabelecimentos de ensino militar, marco assinalado em 1992. Por tal razão, o quadro tem como patrono a heroína baiana Maria Quitéria de Jesus, personagem que entrou para a história brasileira como a primeira mulher a atuar nas fileiras do Exército Brasileiro no campo de batalha.

Nascida em 1797, em São José de Itapororocas, onde hoje é localizada a cidade de Feira de Santana, na Bahia, Maria Quitéria fugiu da fazenda em que morava com a família em 1821 e, sob uma identidade masculina, alistou-se no Batalhão de Voluntários do Príncipe, também conhecido como Batalhão dos Periquitos. Com atuação destacada na Guerra de Independência, foi alçada ao posto de alferes e condecorada com a Imperial Ordem do Cruzeiro pelo próprio imperador Pedro I, que também lhe concedeu um soldo vitalício.

Em 2 de julho de 1823, após a entrada do Exército Pacificador em Salvador, o comandante José Joaquim de Lima e Silva, tio daquele que viria a ser o Duque de Caxias, registrou em ofício a participação de Maria Quitéria na guerra, indicando-a como heroína. Em 1996, Maria Quitéria foi reconhecida como patrono do Quadro Complementar de Oficiais do Exército por decreto presidencial. Assim, tendo o seu exemplo como guia e modelo, o integrante do QCO trabalha, aliando o rigor no cumprimento dos deveres à disciplina e à coragem, replicando tais atributos no assessoramento leal, justo e profissional às instâncias de comando do Exército.

Por fim, o Dia do Quadro Complementar de Oficiais destaca, com justiça, os militares que, envergando os valores e as tradições do Exército Brasileiro, com singular e elevada capacidade técnica, sintetizam os versos do poeta Castro Alves: “Nem cora o livro de ombrear co’o sabre... Nem cora o sabre de chamá-lo irmão...”, e contribuem para o engrandecimento do Exército Brasileiro e o progresso do Brasil.

 

 

 

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